EUA vai treinar Polícia Federal brasileira para rastrear armas de fogo

Oficiais americanos terão acesso a sistema brasileiro

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Oficiais americanos terão acesso a sistema brasileiro

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o Departamento de Justiça nos EUA assinaram um acordo bilateral para que policiais federais brasileiros sejam treinados pelas forças norte-americanas, para rastrear a origem de armas de fogo apreendidas em operações policiais.

O acordo, assinado em Washington, nos Estados Unidos, prevê que oficiais do ATF (sigla em inglês para Escritório de Armas, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos) venham ao Brasil ensinar os agentes da Polícia Federal a utilizar um sistema digital de rastreamento, criado nos EUA em 2005.

Segundo Torquato Jardim, que ocupa o posto de ministro há dois meses, esse não é o primeiro intercâmbio de tecnologia com os EUA. O ministro foi ao país para expandir essa troca. “É isso que quero expandir. Esse é o objetivo principal dessa viagem, essa cooperação”.

“Agentes brasileiros já forma treinados na Flórida para controle de embarcação no mar, em aeroportos. Outros já tiveram treinamento no FBI, na CIA […]. Estamos treinando gente para reconhecer dinheiro falso ou pirataria de produtos de toda natureza, como medicamentos”, disse o ministro em entrevista à BBC.EUA vai treinar Polícia Federal brasileira para rastrear armas de fogo

Questionado se o compartilhamento de dados sigilosos com a CIA e o FBI poderia colocar em jogo a soberania nacional, o ministro da Justiça afirmou que “isso é risco”, mas que a relação trará “bom custo-benefício para o Brasil”, porque “a segurança nacional depende de colaboração internacional”.

“Não adianta você dar grito de segurança nacional em abstrato, se você não combate o narcotráfico dentro do seu próprio país”, afirmou. “É relação custo-benefício: outras coisas muito mais importantes serão conhecidas.”

Os treinamentos não terão custo para o governo brasileiro, segundo o ministério da Justiça, que discute agora com os americanos os detalhes técnicos da parceria, como datas e a quantidade de agentes americanos necessária para o treinamento.

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