Deputado que tatuou nome de Temer será denunciado por divulgar fotos de adolescente

Imagem da menor seminua foi postada em um grupo de WhatsApp

Mais uma polêmica envolve o deputado Wladimir Costa (SD-PA), famoso por exibir uma suposta tatuagem em homenagem ao presidente Michel Temer, o parlamentar pode agora ser processado no Conselho de Ética da Câmara por compartilhar fotos de uma adolescente seminua em um grupo de WhatsApp da CFC (Comissão de Fiscalização e Controle). 

De acordo com as informações, a menor seria a filha da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e a denúncia teria sido feita por parlamentares membros da CFC. Há alguns meses, Wladimir, foi acusado de assediar uma jornalista.

Ainda segundo o Globo, a polêmica teria começado no último domingo, quando o deputado paraense compartilhou no grupo uma montagem em que aparecem, de um lado a filha de Rosário, e do outro, o filho do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP). A montagem, acompanhada da seguinte mensagem “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”, foi repreendida pelo presidente da Comissão, alegando que a finalidade do grupo era apenas discutir assuntos relacionados ao colegiado.

“Eu acho que a educação dos filhos cabe aos pais, não cabe ao colega de trabalho. O grupo é voltado para assuntos daquela comissão então eu o repreendi, como faria com qualquer outro que colega que fizesse isso, e pedi para que ele fosse retirado do grupo porque eu achei pesada a mensagem”, teria dito o deputado Wilson Filho (PTB-PB), que é presidente da CF

Compartilhar fotos de menores e idade é crime previsto pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) o que fez o fato ir além de uma simples troca de farpas entre parlamentares de pensamentos opostos.

“Independentemente de ser filha da Maria do Rosário ou não é uma adolescente, menor de idade, sendo exposta dessa maneira (seminua) em um grupo oficial de trabalho da Câmara. Esse parlamentar insiste em transgredir os limites do bom senso e da decência”, afirmou o deputado Jorge Solla (PT-BA), membro da comissão.

Ainda de acordo com Solla, a punição pode ajudar a evitar que o compartilhamento de mensagens ofensivas nos grupos de WhatsApp de deputados “vire moda”.

Através da assessoria, Maria do Rosário teria declarado que a foto é do instagram pessoal de sua filha, cujo a conta e fechada, e que teria começado a ser compartilhada na internet no começo de 2017 por seguidores do deputado federal Jair Bolsonaro.

A deputada teria declarado ainda que o fato lhe causou muita tristeza e por isso não pretende comentar sobre ele.

Conforme publicado no jornal O Globo, deputado Wladimir Costa foi procurado para comentar o fato, mas não foi localizado.