Consumo de cerveja deve recuar pelo 3º ano seguido em 2017, mas faturamento cresce

Números foram divulgados neste domingo

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Números foram divulgados neste domingo

Apesar da recuperação da economia, o brasileiro ainda não retomou o padrão de consumo de antes da recessão e, em se tratando de cerveja, a tendência é continuar bebendo menos, porém gastando mais para adquirir um produto melhor, segundo pesquisas da Euromonitor e da Nielsen, que monitoram o mercado de bebidas.

As vendas de cerveja em volume no país continuam em queda e devem recuar pelo 3º ano seguido em 2017. Pelos dados da Nielsen, a queda no acumulado no ano, até setembro, é de 2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A Euromonitor ainda não revisou a sua projeção de queda de 0,6% no ano, mas estima recuo ao redor de 1%.

A Ambev, a maior fabricante de cerveja e refrigerantes da América Latina, acumula nos 9 primeiros meses do ano queda de 1,9% no volume de vendas no Brasil. As outras gigantes do mercado, Heineken e o Grupo Petrópolis, não divulgam números de vendas no país.

Segundo os dados da Euromonitor, o consumo per capita de cerveja no Brasil caiu em 4 anos de uma média de 67,8 litros por cada brasileiro para menos de 60,7 litros ao ano.

“A retomada da economia está acontecendo, mas o patamar de desemprego ainda é muito alto e ainda vai levar mais um tempo para impactar de fato nos produtos de consumo”, afirma Daniel Souza, diretor de bebidas da Nielsen.

A crise econômica, no entanto, não é apontada como a única explicação, uma vez que a queda nas vendas de cerveja foi menor do que a observada em outros tipos de bebida alcóolica como whisky e vodca, e também nos refrigerantes e sucos prontos.

Segundo os dados do IBGE, produção da indústria de bebidas acumula queda de 0,6% no ano, até setembro, ao passo que a indústria geral cresceu 1,6%.

 

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