Cartões de esposa de Eduardo Cunha não utilizaram propina, diz defesa

Advogados alegam que dinheiro de propina permaneceu no exterior

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Advogados alegam que dinheiro de propina permaneceu no exterior

No processo que julga Cláudia Cruz, esposa do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) sob acusação de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, os advogados da jornalista pediram sua absolvição com base em uma condenação do juiz Sérgio Moro.

Cláudia é julgada por Moro na 13ª Vara Federal, em Curitiba, assim como ocorreu com seu marido Eduardo Cunha, condenado a 15 anos e quatro meses de prisão.

A defesa da jornalista utilizou um trecho da condenação de Moro a Cunha para pedir a absolvição de Cláudia. No trecho, o juiz alega que “[recursos usados por Cláudia Cruz] não foram provenientes de vantagem indevida corrente do contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de exploração do Bloco 4 em Benin”.

Os recursos aos quais o processo se refere são oriundos de propina paga ao ex-deputado em troca da compra, Pela Petrobras, de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África.

O negócio, avaliado em 34 milhões de dólares, foi tocado pela diretoria internacional da Petrobras e rende uma cota ao PMDB no esquema de corrupção, via depósito de propina em contas no exterior.Cartões de esposa de Eduardo Cunha não utilizaram propina, diz defesa

Cláudia fora acusada de fazer gastos elevados em cartões de crédito do esposo, que não condizem com os ganhos do ex-deputado.

Os advogados sustentam que estes cartões não utilizaram recursos da propina de Cunha, uma vez que os valores permaneceram em contas no exterior.

Cunha está preso em Curitiba desde o dia 19 de outubro de 2016. Ele ainda é réu em outros dois processos e alvo de mais cinco inquéritos.

(com supervisão de Evelin Cáceres)

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