‘Não teve sondagem, nem haverá, podem ficar tranquilos', afirmou Aloysio Nunes

Após pedir demissão do cargo de ministro das Relações Exteriores por problemas de saúde, (PSDB-SP) reassumiu nesta quinta-feira (23) o mandato de senador.

Serra estava no Itamaraty desde maio de 2016, quando Temer assumiu como presidente em exercício. O tucano é senador por São Paulo e tem mandato até 2022. Ele havia se licenciado para assumir o ministério.

Na carta de demissão enviada na noite desta quarta-feira (22) ao presidente Michel Temer, Serra diz que decidiu deixar a pasta “em razão de problemas de saúde” e que deixa o cargo “com tristeza”. Segundo ele, problemas na coluna o impedem de cumprir viagens internacionais necessárias ao cargo, além das atividades do dia a dia. José Serra ainda acrescenta que os médicos estimam um período de quatro meses para o “restabelecimento adequado” da saúde.

“Para mim, foi motivo de orgulho integrar sua equipe. No Congresso, honrarei meu mandato de senador trabalhando pela aprovação de projetos que visem à recuperação da economia, ao desenvolvimento social e à consolidação democrática do Brasil”, conclui José Serra na carta.

Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Serra entregou pessoalmente a carta de demissão a Temer na noite desta quarta, no Planalto. A exoneração do ministério foi publicada na edição desta quinta-feira (23) do “Diário Oficial da União”.

Integrantes da cúpula do PSDB consideraram a iniciativa como uma “surpresa”. “O Serra entrou em contato no meio da tarde para saber se eu estava em Brasília, mas disse que já estava voltando para São Paulo. Não disse o que seria. Depois veio a carta [com pedido de exoneração]. Foi uma algo inesperado”, afirmou o senador José Aníbal (PSDB-SP), suplente de Serra.

Também nesta quinta, o nome de Serra voltou a aparecer no painel do Senado. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Casa explicou que o procedimento é automático, uma vez que o senador comunicou à presidência do Senado que iria retomar o mandato.

“Não teve sondagem, nem haverá, podem ficar tranquilos”

Cotado como um dos possíveis substitutos de Serra no ministério de Relações Exteriores, o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou nesta quinta-feira que não pretende deixar o mandato.

“Não teve sondagem, nem haverá, podem ficar tranquilos. Gosto do trabalho que estou fazendo. Sou parlamentar por excelência”, afirmou o Aloysio.

Ele confirma que o principal motivo da saída de Serra do cargo foram “de fato” os problemas relacionados à coluna.

“A cirurgia foi exitosa do ponto de vista ortopédico, mas do ponto de vista funcional ele precisa se poupar”, disse Nunes.