Uso de garrafas PET era imprescindível para salvar bebês, afirma médico

Os bebês eram muito pequenos

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Os bebês eram muito pequenos

O médico Alailson Ferreira Lisboa, que cuidou do casal de gêmeos prematuros nascidos no Hospital de Jutaí (a 750 quilômetros de Manaus), afirmou que o uso de máscaras de oxigênio improvisadas com garrafas PET era fundamental para salvar a vida deles – um menino e uma menina. Ao falar sobre o atendimento prestado aos bebês na madrugada de 28 de janeiro, o médico informou que não havia equipamento, as chamadas máscaras de venturi, no tamanho adequado para os prematuros, que nasceram aos sete meses de gestação e ainda não tinham os pulmões formados.

“Ele [o procedimento] era mais que necessário, era imprescindível. Os bebês eram muito pequenos. Então qualquer aparato que nós tinhamos ali naquele momento no Hospital de Jutaí se tornava praticamente inútil. E eu tinha que fazer algo para a sobrevivência daqueles bebês que estavam com insuficiência respiratória. E me veio [a ideia] de fazer uma câmara artificial e a garrafa PET veio a calhar no momento porque dava pouca vazão, uma vez que as máscaras que tínhamos à nossa disposição eram bem maiores que o rosto das crianças, o oxigênio era pouco aproveitado por elas. Essa foi uma solução salvadora que ajudou uma das crianças a sobreviver”, afirmou o médico.

A menina, que tinha um quadro de saúde mais crítico, morreu oito horas após o parto. Segundo o médico, ela teve três paradas respiratórias. Questionado sobre a falta de equipamentos compatíveis com bebês prematuros, ele disse que o Hospital de Jutaí aguarda o governo do Estado providenciar a instalação de incubadoras.

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