Universitária morre após inalar gás de buzina em São José do Rio Preto (SP)

É o terceiro caso de intoxicação pela substância na mesma região em três meses

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É o terceiro caso de intoxicação pela substância na mesma região em três meses

A estudante de direito Maria Luiza Perez Perassolo, de 18 anos, morreu neste sábado depois de inalar gás de buzina em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, em uma festa com amigos no condomínio onde morava. Os pais da estudante haviam viajado para o litoral. Ela começou a passar mal e os amigos tentaram reanimá-la com massagem cardíaca, enquanto acionavam o serviço de resgate. Maria Luiza teve uma parada cardíaca e morreu antes de ser levada ao hospital.

De acordo com testemunhas, a estudante comprou a buzina na loja de conveniência de um posto de combustível próximo ao condomínio. O frasco com o gás foi apreendido pela Polícia Civil para perícia. O delegado Éder Galavotti aguarda o resultado da necropsia feita pelo Instituto Médico Legal (IML) sobre a causa da morte e também a perícia no aparelho que continha o gás. Segundo Galavotti, o frasco que armazena o produto estava quase vazio, o que confirmaria a informação de que ela inalou o gás várias vezes.

Em fevereiro deste ano, um estudante de medicina de 33 anos morreu em Fernandópolis, na mesma região, também em decorrência do gás de buzina, junto com a ingestão de bebidas alcoólicas. Em janeiro, em Rio Preto, uma estudante de 17 anos teve parada cardíaca após inalar o gás, mas se recuperou depois de passar dez dias numa unidade de terapia intensiva.

A sequência de casos levou o vereador Paulo Paulêra (PP) a propor na Câmara de São José do Rio Preto a proibição na venda, distribuição e uso de buzinas a gás. O projeto, apresentado em janeiro deste ano e ainda não votado pelos vereadores, prevê multa de 5.000 reais aos infratores. De acordo com o vereador, o uso da buzina pode lesar o aparelho auditivo e, em caso de inalação, causar danos à saúde.

De acordo com o Centro de Toxicologia do Hospital de Base de São José do Rio Preto, o gás de buzina é composto de butano e propano, derivados de petróleo, e é tóxico. O produto, também encontrado em isqueiros e sistemas de refrigeração de geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, afeta o sistema nervoso central, podendo causar alucinações, desmaio, convulsão e infarto.

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