Servidores protestam contra pacote e bombas são jogadas em frente à Alerj

Pelo menos oito policiais feridos

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Pelo menos oito policiais feridos

No primeiro dia de votação do pacote de austeridade do Governo do Estado do Rio de Janeiro, servidores de várias categorias protestaram diante do Palácio Tiradentes, no Centro, sede da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Por volta das 13h (horário de Brasília), os manifestantes jogaram bombas na direção da Alerj e os policiais revidaram. Pelo menos oito PMs ficaram feridos na confusão. No interior do Palácio Tiradentes o clima era tenso e deputados temiam que a Casa fosse invadida pelo grupo.

Ao menos 50 bombas foram arremessadas pela polícia. Ativistas responderam com pedras e morteiros. O spray de pimenta chegou até no plenário. Homens da Força Nacional entraram no Palácio Tiradentes.

A confusão acontece a poucos metros do fórum, onde o clima de desespero também tomou conta das pessoas. Advogados corriam para tentar escapar do confronto. Médicos da Alerj distribuem máscaras anti-gás no interior da Casa por causa do forte cheiro de gás de pimenta. O clima ainda é tenso e as portas permeciam trancadas às 14h.

Policiais entrincheirados dentro da Igreja São José disparam balas de borracha na direção dos manifestantes. Pelo menos um servidor e um policial se feriram no confronto.

Entre várias pautas, os manifestantes protestam contra os problemas no pagamento da categoria e contra as medidas de arrocho propostas pelo Governo do RJ para tentar regularizar as contas públicas.

A Rua Primeiro de Março foi interditada ao tráfego de veículos, assim como a Avenida Presidente Antônio Carlos. O trânsito era desviado para a Avenida Almirante Barroso e havia retenções na região. Agentes da CET-Rio atuam nos principais pontos de bloqueio.

A segurança foi reforçada por homens da Força Nacional e da Polícia Militar. Barreiras formadas por grades seguem instaladas na frente da construção para proteger o prédio.

O calendário de votações foi definido na última semana e as votações devem seguir até o próximo dia 15. Também ao longo da última semana, os parlamentares discutiram na Casa todos os projetos encaminhados pelo Palácio Guanabara e acrescentaram mais de 700 emendas às propostas.

Segundo o Centro de Operações, por conta da interdição, os motoristas podem optar pelos túneis Santa Bárbara e Rebouças e pelo Aterro do Flamengo, que apresentam boas condições de tráfego.

Inicialmente, o pacote previa a economia de R$ 27 bilhões. Com o corte de algumas das medidas, as resoluções preveem economia de R$ 11 bilhões.

Nesta terça os temas são relativamente simples para os deputados. Isso porque serão votados os projetos que tratam da redução do salário do governador, vice-governador e secretários. Também será submetido ao plenário da Casa a proposta que cria de um mecanismo de intimação eletrônica da Fazenda Estadual.

No mesmo dia, os parlamentares votarão, em sessão extraordinária, duas medidas para reduzir gastos no Parlamento. São elas: o fim da frota de veículos oficiais da Alerj e a mudança no horário de sessões solenes. Juntas, as duas medidas devem resultar numa economia de R$ 26 milhões, segundo cálculos da Casa.

Antes de cada votação, as propostas serão discutidas em reuniões dos líderes partidários, com a participação de representantes do governo, servidores e da sociedade civil que sejam impactados pelas medidas

Os dias de discussão dos projetos enviados pelo Governo do RJ foram marcados pelas manifestações. No dia 16 de novembro, manifestantes derrubaram as grades diante do prédio e a PM usou bombas durante um protesto.

No dia oito de novembro, manifestantes que estavam protestando contra o pacote de austeridade do governo estadual na escadaria da  Alerj invadiram o local. O grupo arrancou os tapumes que estão diante do Palácio Tiradentes, e, após confusão e correria, teve acesso ao plenário da assembleia e subiu na mesa da presidência.

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