Assessoria diz que Justiça “violou a lei” ao repassar dados para imprensa

disse que tem provas suficientes para denunciar o ex-presidente Lula e a sua mulher, Marisa Letícia, por suspeita do crime de lavagem de dinheiro na investigação sobre o apartamento triplex que tinha sido reservado no edifício Solaris, no Guarujá (SP), pela construtora OAS para a família do ex-mandatário.

 

A avaliação do promotor da Justiça paulista foi divulgada pela revista Veja na última sexta-feira (22). Para a mídia brasileira, Conserino afirmou que as provas de que a OAS favoreceu Lula são fortes, mas o ex-presidente ainda terá a oportunidade de apresentar defesa no decorrer das apurações para tentar evitar o oferecimento da acusação formal.

Lula é investigado em uma apuração sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para a OAS, em 2009. A Promotoria apura também se a empreiteira usou apartamentos do prédio para lavar dinheiro ou beneficiar indevidamente pessoas.

Lula nega ser dono do apartamento e afirma que havia apenas uma opção de compra em nome de Marisa Letícia, que não havia sido exercida. “Isso (ocultação de patrimônio) é balela. Temos provas documentais, circunstanciais e testemunhais de que a família era dona do imóvel que foi, inclusive, reformado pela OAS e recebeu elevador privativo para beneficiar o ex-presidente”, disse Conserino ao jornal O Globo .

Ele explicou, ainda, “que depois que o apartamento foi entregue, tanto Marisa quanto um dos filhos de Lula, o Lulinha, chegaram a passar alguns dias no imóvel, que foi desocupado depois da reportagem de O Globo . Os móveis foram retirados”. O promotor afirmou também que a investigação já passou de 50%, mas ainda não está concluída.