João Santana, ex-marqueteiro do PT, assina acordo para fazer delação premiada

Além dele, a esposa Mônica Moura também deve depor

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Além dele, a esposa Mônica Moura também deve depor

O ex-marqueteiro do PT, João Santana, e sua esposa e sócia Mônica Moura, assinaram com a PGR (Procuradoria-Geral da República) um termo de confidencialidade, em que se comprometem a colaborar com as investigações por meio de delação premiada. As informações são do jornal O Globo.

O casal está detido desde o dia 15 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, depois de serem transferidos, há cerca de um mês – Santana estava no Complexo Médico Penal e Mônica em um presídio feminino. A transferência havia sido realizada depois de um pedido dos advogados do casal.

O termo ainda não é a confirmação da delação. Ele serve como uma espécie de pré-depoimento, antes de os dois assinaram o acordo com a Justiça. O casal será interrogado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, nesta quinta-feira (21), na ação penal em que respondem por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Santana e Moura teriam recebido US$ 4,5 milhões (R$ 14,6 milhões) em 2013 e 2014, por terem ajudado a financiar a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. A propina teria sido paga por Zwi Skornick, representante do estaleiro Kepper Fels e fornecedor da Petrobras, em uma conta de Santana na Suíça.

O dinheiro depositado não teria sido declarado à Justiça Federal. Skornick assinou uma colaboração com o Ministério Público, onde confirmou que o pagamento era referentes aos contratos da empresa, a pedido de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.

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