PF investiga repasses de mais de R$ 150 milhões a empresas de software

A chegou ao . A PF (Polícia Federal) investiga o pagamento de no mínimo de R$ 150 milhões em serviços de software e informática para a instituição estatal.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, as investigações apontam que repasses feitos como “comissão”a uma empresa fantasma, acusada de lavagem de dinheiro, movimentaram cerca de 10% dos negócios com o banco. O esquema teria ocorrido entre 2008 e 2010.

Os bancos estatais ainda não haviam sido investigados na Lava Jato. Havia suspeitas de movimentações criminosas envolvendo a Caixa e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A reportagem do ‘Estadão' diz que a assessoria do Banco do Brasil respondeu que o órgão “determinou a realização imediata de auditoria interna dos principais contratos da área de tecnologia, firmados desde 2008”.

Quatro contratos e um aditivo contratual, que implicam as empresas Ação Informática Brasil, PBTI Soluções e CTIS Tecnologia, são apurados desde junho. Elas prestam serviços de tecnologia ao Banco do Brasil e atuam como representantes de empresas de desenvolvimento de software, como Oracle Corporation e BMC Softwares.

As empresas de tecnologia digital começaram a ser investigadas depois que pagamentos feitos à construtora Credencial – cujos donos teriam repassado valores ao ex-ministro José Dirceu – foram identificados pela força-tarefa da Lava Jato. As três companhias de software transferiram cerca de R$ 8,1 milhões à construtora.

As investigações apuram se a Credencial seria uma empresa de fachada, utilizada para pagamento de propinas e para lavar dinheiro de políticos e agentes públicos. Ela foi aberta em Sumaré, no interior paulista, e não tem funcionários, nem sede com estrutura física.