Brasileiros pedem ‘desculpas’ a italiano morto em favela

Justiça do RJ decretou a prisão de sete pessoas

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Justiça do RJ decretou a prisão de sete pessoas

O assassinato do italiano Roberto Bardella, de 52 anos, na favela Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, provocou comoção na Itália e no Brasil. Originário de Jesolo, em Veneza, onde era proprietário de uma imobiliária, Bardella foi morto ao entrar por engano no morro carioca, em uma moto com Rino Polato, de 59 anos. 

O crime ocorreu na manhã da última quinta-feira (8) e repercutiu em toda a Itália, já que três cidadãos do país foram mortos no Brasil em um mês: Pamela Canzonieri, assassinada na Bahia, em 18 de novembro, e Alberto Baroli, morto no Ceará no dia 5 de dezembro. Rino Polato, que passou os últimos dias prestando depoimento à polícia do Rio de Janeiro, voltou neste sábado para a Itália.

Ele aterrissou no Aeroporto Internacional Marco Polo, em Tessera, em um voo proveniente de Lisboa, e foi recebido por seus familiares, sem falar com a imprensa. Nas redes sociais, o italiano recebeu mensagens de apoios de amigos e de brasileiros que se disseram “envergonhados” com a situação. “Em nome de todo o povo brasileiro, eu quero pedir perdão pelo que aconteceu. Todos os anos, 60 mil brasileiros são mortos”, escreveu um internauta. “Meus mais sinceros sentimentos, vivemos uma guerra civil não declarada, eu os aconselho a não vir para o Rio de Janeiro, para a corrupção, o crime e o tráfico de drogas que dominam o Brasil.

Saibam que o povo de bem do Brasil ama os italianos, tem coisas que acontecem que nos deixam abalados”, destacou outro. A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão de sete pessoas, sendo uma menor de idade, por envolvimento no assassinato do italiano. Hoje, outros dois mandados de prisão foram emitidos, contra Raphael Correia Pontes, conhecido como “Pedro De Lara”, e Bruno Gonçalves Campos Gerreira, apelidado de “Gordinho”. A Polícia Civil divulgou a foto de seis suspeitos maiores de idade, identificados com base em fotografias de registro e no depoimento de Polato, e cujas prisões já tinham sido decretadas.

Tratam-se de Wagner Moreira Rodrigues da Silva, Tiago de Oliveira, Romulo Pontes Pinho, Claudio Augusto dos Santos, Marcos Vinicius Paulo de Oliveira e Marcos Elias Candido Bezerra. Dessa maneira, a polícia trabalha com nove nomes. As autoridades acreditam que os dois italianos, que viajavam de moto pela América do Sul, tenham sido confundidos com policiais pelos traficantes do Morro dos Prazeres devido às suas vestimentas e aos equipamentos de áudio e câmera.

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