Peça estará em na Feira de Antiguidades da Rua do Lavradio

O transporte de uma escultura de pênis, de aproximadamente 2,5 metros de comprimento por 1,5 metro de circunferência, causou surpresas pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro. Dois carregadores tiveram dificuldades de levar a peça do depósito na Rua do Senado até o antiquário na Rua do Lavradio. Populares fizeram brincadeiras e tiravam fotos da obra de arte que estará em exposição na próxima edição da Feira de Antiguidades da Rua do Lavradio, dia 6 de junho. Apesar do grande interesse e rebuliço despertado, a polêmica peça não está a venda.

— O Manjubão eu não vendo. Só empresto ou alugo. Foi presente de um amigo meu, artista plástico. Presente não tem preço. Para mim, vale mais do que um quadro do Picasso ou do Van Gogh — explica o antiquário Fernando Tavares dos Santos.

A peça já esteve em exposição há alguns anos na Feira de Antiguidades, e provocou tumulto. A polícia chegou a ser chamada para obrigar o antiquário a escondê-la com uma lona. Mas, ele conseguiu convencer os agentes de que se tratava de uma obra de arte. O próprio Agostinho serviu involuntariamente como .

— O escultor se chamava Ricardo Pessoa, e serviu comigo no Exército. Infelizmente, ele morreu três anos depois em acidente de carro. Na caserna dormíamos no mesmo alojamento e, naquele calor terrível, todo mundo dormia pelado. Então, um dia quando acordei pela manhã me deparei com ele desenhando com a prancheta. Ele me disse: ‘Agostinho, você sonhou com alguma coisa, e eu aproveitei e desenhei.’ Passado um mês, ele chegou na minha casa com o Manjubão embrulhado. Ele disse que era na minha forma. Não esqueceu nem de um sinalzinho.

Segundo Agostinho, recentemente chegaram a dizer que a peça seria de um outro antiquário. Tudo porque durante mudanças no depósito, o objeto ficou por um tempo na calçada em frente a outra loja. Na próxima edição da Feira de Antiguidades, Agostinho exibirá novamente a escultura e reafirmará ser o único dono da peça.

— Quando eu coloco o Manjubão na calçada, vejo como as pessoas ficam felizes, tirando fotos — diz Agostinho —. Isso me dá muito orgulho.