Setor residencial foi o que mais consumiu energia em janeiro de 2015
Na indústria, houve recuo de 4,7%, alcançando o consumo de 13.822 gigawatts-hora
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Na indústria, houve recuo de 4,7%, alcançando o consumo de 13.822 gigawatts-hora
O setor residencial foi o que mais contribuiu para o crescimento no consumo de energia em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2014. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a elevação ficou em 6,1%, se comparado ao mesmo mês de 2014. O consumo do setor residencialfoi 12.501 gigawatts-hora (GWh).
Na indústria, houve recuo de 4,7%, alcançando o consumo de 13.822 gigawatts-hora (GWh), o menor resultado do mês de janeiro desde 2010. Ainda conforme a EPE, pela primeira vez, desde março de 2013, todas as regiões apresentaram queda no consumo industrial de energia.
No total, o consumo de energia elétrica na rede, no período, chegou a 40.660 Gwh, o que significou aumento de 1,1%, na mesma comparação. Segundo a EPE, em 12 meses, o crescimento acumulado é 1,9%. Isso representa 0,3 pontos percentuais a menos do que o registrado no mês anterior.
De acordo com a empresa, o panorama repete o comportamento dos últimos meses, com queda no consumo industrial e alta das residências e dos serviços. A EPE destacou, no entanto, que, no acumulado de 12 meses, a variação do consumo residencial indica redução progressiva desde março de 2014, o que indica tendência de ajuste nesse tipo de consumo. Para o comercial, ainda não é possível apontar tal tendência, apesar de, em dezembro (3,8%) e janeiro (4,1%), o consumo ter sido menor. Nos últimos 12 meses, a média passou de 7%.
No setor extrativo de minerais metálicos, houve 25% de crescimento no consumo de energia. O estado de Minas Gerais (+33%) ficou na frente, seguido do Espírito Santo (+22%) e do Pará (+21%). A explicação é a maior produção de minério de ferro e de pelotização. Na indústria metalúrgica, porém, houve recuo de 17%, principalmente nos estados do Maranhão (-50%), Minas Gerais (-25%), São Paulo (-18%), Santa Catarina (-9%) e Pará (-6,%). Segundo a EPE, esses estados representam 75% do consumo setorial de energia.
No setor automobilístico, a retração ficou em 7%, com queda em São Paulo (11%), no Paraná (5%) e no Rio Grande do Sul (18%). No setor químico, o consumo de energia caiu 4%, principalmente em Minas Gerais (-18%), no Rio Grande do Sul (-14%), na Bahia (-6%), em Alagoas (-6%) e em São Paulo (-3%). No Rio de Janeiro, o consumo de energia setorial cresceu 6%.
A empresa apontou que a demanda de energia da indústria têxtil permanece em queda (-9%), especialmente, nos estados de São Paulo (-10%), Santa Catarina (-6%), Minas Gerais (-13%) e Paraíba (-39%).
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