Servidores fazem manifestação em frente ao STF, por reajuste salarial

Com cartazes e faixas, o grupo pede ao presidente da Suprema Corte a aprovação de projetos de lei que tratam do tema

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Com cartazes e faixas, o grupo pede ao presidente da Suprema Corte a aprovação de projetos de lei que tratam do tema

Cerca de 200 servidores do Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) fazem um protesto nesta manhã de segunda-feira (2) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na praça dos Três Poderes. O grupo pede ao presidente da Suprema Corte, o ministro Ricardo Lewandowski, a aprovação dos Projetos de Lei 7.919 e 7.920, que tratam do tema. Com cartazes e faixas, eles fecharam todas as vias do Eixo Monumental, no sentido Rodoviária do Plano Piloto.

As categorias afirmam que os reajustes feitos nos últimos três anos, durante a gestão da presidente Dilma Rousseff, não são suficientes e pedem reajustes de 30 a 40%. Eles reclamam que, no fim do ano passado, o Legislativo junto com o Judiciário aprovaram aumento de salários de magistrados, deputados, senadores e até da própria presidente da República, mas que os servidores das duas categorias ficaram de fora. “Não podemos aceitar uma política de reajuste linear por baixo, e por isso a nossa indignação. O topo da pirâmide recebeu reajustes generosos. Queremos o mesmo para a categoria dos servidores públicos”, afirmou o coordenador do Sindijus, Jailton Assis.

A Polícia Militar acompanha a manifestação, que é pacífica. Os servidores contam com o apoio da banda do Pacotão, bloco tradicional do carnaval de Brasília, que toca músicas em frente ao STF. 

Início dos trabalhos
O STF abre abriu às 10h, o Ano Judiciário, após o período de recesso de fim de ano. Ao voltar aos trabalhos, os ministros têm pela frente diversos processos pendentes de julgamento, como as ações que tratam da desaposentação e a proibição de doação financeira de empresas para campanhas políticas. A primeira sessão de julgamentos de 2015 está marcada para quarta-feira (4/02). O primeiro processo a ser julgado será a possibilidade da capitalização de juros em período inferior a um ano. O resultado terá impacto em 13 mil processos que estão parados na Justiça e aguardam definição pelo STF. Também está pautado o julgamento sobre a legalidade da contratação de escritórios de advocacia sem licitação por órgãos públicos. Outros casos com maior impacto social não têm data para voltar à pauta da Corte. 

Neste ano, o Supremo poderá ter dois novos ministros. A presidente Dilma deverá indicar mais dois membros do tribunal até o fim deste ano. A indicação mais esperada é para a vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa, cuja substituição é aguardada pela Corte há sete meses. O quórum completo, com 11 ministros em exercício, poderá evitar empates e interrupções nos julgamentos de temas complexos, mas Dilma não tem prazo para definir os nomes. Além da vaga deixada por Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, completará 70 anos em novembro e será aposentado compulsoriamente.

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