Polícia Federal investiga principal marqueteiro do PT por lavagem de dinheiro

Suspeita recai sobre negociações entre João Santana e o partido

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Suspeita recai sobre negociações entre João Santana e o partido

O principal marqueteiro do PT, João Santana, é investigado pela Polícia Federal em um inquérito que investiga uma suposta lavagem de dinheiro de duas empresas que trouxeram de Angola para o Brasil US$ 16 milhões em 2012 para beneficiar a legenda.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Santana trabalhou em duas campanhas vitoriosas naquele ano, a do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

A PF suspeita que o dinheiro, avaliado em R$ 33 milhões na época, tenham sido pagos, por meio de empreiteiras que atuam no país africano, as dívidas com o marqueteiro. Santana ganhou R$ 36 milhões pela campanha de Haddad, mas só recebeu parte do dinheiro após a eleição. A dívida entre PT e a agência de Santana, a Pólis, foi de R$ 20 milhões ao término da eleição, que, posteriormente foi dívida em 20 vezes de R$ 1 milhão.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) acionou a PF por ter considerado a operação “atípica”. Na operação, Santana teve que pagar R$ 6,29 milhões em impostos, segundo ele, o equivalente a 20% do montante quando o dinheiro entrou no país. Ele ainda afirma que a campanha em Angola chegou a R$ 20 milhões, sendo que R$ 4 milhões foram gastos para cobrir despesas operacionais e impostos no país africano.

João Santana alegou ao jornal que a operação foi “totalmente legal”. O prefeito Haddad, que prestou depoimento à PF na última quarta-feira (29), afirma que os pagamentos foram compatíveis com outras campanhas à época.

O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, também foi ouvido pelos policiais, antes de sua prisão no último dia 15, por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela operação Lava Jato.

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