Polícia cogita legítima defesa de PM em morte de surfista

Reconstituição dura mais de três horas e é acompanhada – à distância – por vários moradores

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Reconstituição dura mais de três horas e é acompanhada – à distância – por vários moradores

Após a reconstituição da cena que causou a morte do surfista Ricardo dos Santos, o Ricardinho, na Guarda do Embaú, em Palhoça (SC), a Polícia Civil de Santa Catarina não descarta oficialmente a tese de que o PM Luís Paulo Mota Brentano possa ter agido em legítima defesa.

A reconstituição durou mais de três horas e foi acompanhada – à distância – por vários moradores, que protestaram na saída do policial. O delegado responsável pelo caso, Marcelo Arruda, admitiu que a encenação serviu para sanar algumas dúvidas.

“Outras questões surgiram, e vamos esperar o laudo da reconstituição para somarmos aos depoimentos e apresentar a denúncia”, afirmou, sem descartar a questão da legítima defesa, apresentada pelos advogados do PM autor dos disparos. “Surgiram outras questões que serão avaliadas diante dos depoimentos e laudos que possuímos”.

Luís Paulo Mota Brentano mantém a alegação de que teria sido atacado com um facão – que nunca foi encontrado pela polícia. O avô de Ricardinho admite, por outro lado, que ele e o neto trabalhavam com uma picareta para consertar um cano diante de casa quando o veículo conduzido pelo policial – embriagado, segundo os laudos periciais – estacionou no local impossibilitando o trabalho.

A ação foi observada pelo Ministério Público catarinense, e também a imprensa foi mantida a uma distância de 200 m da reconstituição.

 

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