PM de São Paulo usa bombas de gás e spray em protesto contra reorganização escola

Estudantes foram apreendidos durante manifestação

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Estudantes foram apreendidos durante manifestação

 

A Polícia Militar (PM) usou hoje (3) bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante manifestação de estudantes contra a reorganização escolar proposta pelo governo paulista. A polícia isolou a avenida Deputado Lacerda Franco, na altura do 14º Delegacia de Polícia, onde cinco estudantes estão após terem sido apreendidos em protesto contra o mesmo tema ocorrido no dia 2. 

Os jornalistas também estão impedidos de entrar na delegacia. 

No protesto de hoje, a PM deteve pelo menos seis manifestantes. Uma jornalista também foi detida após avisar aos manifestantes que a polícia estava usando bombas. Entre os detidos, um rapaz foi carregado por quatro policiais. O jovem aparentava estar chorando e com marcas vermelhas nas costas.

A reorganização escolar, apresentada pelo governo estadual, prevê o fechamento de 93 unidades de ensino em todo o estado e a transferência de 311 mil estudantes. De acordo com o governo, o objetivo é separar as escolas por ciclos, entre anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e do médio.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública, por e-mail e telefone, mas não recebeu posicionamento até a publicação do texto.

Polícia Militar

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse ontem (2) que a atuação da Polícia Militar para conter os protestos de estudantes contra a reorganização escolar em algumas vias da capital foi legítima e não houve excesso das autoridades.

Moraes justificou as ações policiais que resultaram na detenção de manifestantes. Segundo ele, os alunos se negaram a cumprir o que determina a Constituição e desobstruir as ruas. “As manifestações aconteceram com 20 a 40 alunos que se negaram a realizar o que a Constituição determina que é a livre manifestação e passeatas, desde que haja comunicação prévia, exatamente para que o Poder Público possa garantir a segurança dos manifestantes e dos demais”.

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