PF diz que irmão de José Dirceu recebia R$ 30 mil mensais de lobista

Prisões de pessoas ligadas ao ex-ministro José Dirceu foram prorrogadas

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Prisões de pessoas ligadas ao ex-ministro José Dirceu foram prorrogadas

Ligados ao ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, que está na carceragem da Polícia Federal, outros três presos pela 17ª fase da Operação Lava Jato, a fase Pixuleco, tiveram as prisões prorrogadas na sexta-feira (7) pelo juiz Sérgio Moro.

O irmão do ex-ministro José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-assessor de Dirceu, Roberto Marques, e Pablo Kipersmit, empresário que tinha contratos com pessoas ligadas ao ex-ministro, vão ficar mais cinco dias na cadeia.

Segundo o juiz Sérgio Moro, a prorrogação é necessária para que o material apreendido durante a operação possa ser melhor analisado. No pedido de prorrogação das prisões, a Polícia Federal incluiu trechos de depoimentos dos investigados.

O irmão de José Dirceu admitiu que ganhava uma mesada do operador Milton Pascowitch, um dos delatores do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. Luiz Eduardo falou que entre 2012 e 2013, recebia, mensalmente, em espécie, cerca de R$ 30 mil.

Ele afirmou ainda que não solicitou esses pagamentos e que os repasses começaram de forma espontânea, para ajudar em despesas variadas.

Na sexta-feira (7), foram soltos o médico Olavo de Moura, suspeito de receber dinheiro do esquema para o irmão Fernando de Moura, que segue preso; e Júlio César dos Santos, ex-sócio de José Dirceu na empresa JD Consultoria.

O ex-ministro está preso por tempo indeterminado e deve prestar depoimento na semana que vem.

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