Para senador, manifestação de domingo é contra a classe política
O senador afirmou que os políticos se acomodaram depois das manifestações de junho 2013
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O senador afirmou que os políticos se acomodaram depois das manifestações de junho 2013
PT, PSDB, os partidos de situação, de oposição e os independentes devem deixar de lado as diferenças e se unirem para atender as demandas da população. O apelo foi feito nesta sexta-feira (13) o senador José Medeiros (PPS-MT), para quem as manifestações marcadas para o domingo (15) não são contra o governo, mas um sinal de insatisfação com a classe política. O senador afirmou que os políticos se acomodaram depois das manifestações de junho 2013, quando milhões de pessoas foram às ruas protestar.
Para Medeiros, a crise política e econômica pela qual passa o país deve ser encarada como uma oportunidade para a construção de avanços como a aprovação de um novo sistema político-eleitoral, que inclua, por exemplo, o financiamento exclusivamente público das campanhas.
— O político que tiver a coragem de ir para lá corre um sério risco de ser enxotado. É uma manifestação legítima, não contra o governo, contra nós todos – disse Medeiros, que rechaçou a proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff, encampada por algumas pessoas.
Em seu pronunciamento no Plenário do Senado, o parlamentar pelo Mato-Grosso criticou o nível atual dos debates, que, conforme Medeiros, tem se limitado à retórica “coxinhas X petralhas” e “PSDB X PT”, em vez de apontar soluções concretas para problemas. Ele também cobrou do governo maior diálogo com a oposição.
— Precisamos de uma conversa franca não em prol do PSDB, não em prol do PPS, do PSOL, do PT, mas um conversa franca dos atores políticos em prol do Brasil – disse o senador.
Petrobras
O senador também manifestou preocupação com a situação da Petrobras. Segundo ele, a sangria provocada na empresa pela corrupção tornou-se mais um combustível para a insatisfação popular.
— Precisamos avançar da retórica política para começar a pensar nos interesses nacionais, governo, oposição e todos nós, no sentido de podermos ver o patrimônio que temos e que essa empresa possa começar a ser a Petrobras dos brasileiros, não a Petrobras do PT, não a Petrobras do Barusco, do Paulo Costa, ou de quem quer que seja – disse.
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