MST faz denúncia sobre milícia armada em fazenda de Nova Andradina

Segundo eles, são dezenas de seguranças armados

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Segundo eles, são dezenas de seguranças armados

O (MST) Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra denuncia a atuação de milícias fortemente armadas, na fazenda Saco do Céu, localizada na região de Nova Casa Verde em Nova Andradina, 296 quilômetros de Campo Grande. A informação foi dada emitida em nota na tarde desta terça-feira (22).

No último dia 21 de agosto, a fazenda foi ocupada por mais de mil famílias de trabalhadores rurais sem terras durante a madrugada.  Em nota enviada ao site Nova News, o MST informa que após alguns dias de ocupação as milícias contratadas começaram a chegar.

Segundo eles, são dezenas de seguranças armados, que ficam rondando a área onde ocorre a ocupação, região na qual, segundo o MST, há crianças, jovens, idosos e mulheres. O movimento diz que já houve ameaças e inclusive disparos já teriam sido efetuados contra as famílias acampadas.

“Essa nota pública deve soar como um grito de denúncia e um pedido de socorro, pois recentemente assistimos a morte de mais uma lideranças indígena, Simão Vilhalva, em MS, no município de Antônio João. Ele e tantos outros foram assassinados pelo coronelismo que impera em nosso Estado e nada foi feito. Nenhum culpado foi punido e nós temos medo de que nossas famílias também possam ser vítimas de ataques inesperados”, afirma o MST, por meio da nota.

Ao final do documento, o movimento ressalta sua indignação com a situação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em MS, que, segundo eles, não conta com estrutura física e nem financeira para realizar os trabalhos necessários.

 “Não é à toa que os funcionários fizeram uma grande movimentação grevista. Até o momento ainda aguardamos a nomeação definitiva de um superintendente que possa tocar as questões necessárias”, diz a nota. Sobre a área ocupada, o MST informou que ela já passou por vistoria, mas a compra ainda não teve avanços. Segundo o movimento, haverá resistência pelo tempo que for preciso. Os sem-terra adiantaram que outra áreas podem ser ocupadas no estado.

O MST reclama que a Reforma Agrária em Mato Grosso do Sul está paralisada há cinco anos e diz que as lutas pela viabilização de assentamentos terão continuidade. “Nossas famílias não podem ficar para sempre às margens das rodovias, morando em barracos de lona, abandonadas pelos poderes constituídos. Atualmente temos acampamentos que já possuem doze anos de existência e até agora nada de acesso a terra”, criticam os acampados.  

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