Ex-gerente da Petrobras é o novo delator da Operação Lava Jato

Eduardo Costa Vaz Musa abriu conta no exterior para receber dinheiro

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Eduardo Costa Vaz Musa abriu conta no exterior para receber dinheiro

A Operação Lava Jato tem um novo delator: o ex-gerente da Petrobras, Eduardo Costa Vaz Musa. O ex-gerente da Petrobras deu detalhes sobre o pagamento de propina na área internacional da estatal.

Ele disse que abriu uma conta no exterior para receber o dinheiro desviado dos contratos. Eduardo afirmou ainda que o lobista João Augusto Henriques disse a ele que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha do PMDB do Rio de Janeiro.

É a segunda vez que o presidente da Câmara é citado por um delator. Eduardo Musa se comprometeu a devolver R$ 4,4 milhões, além de repatriar US$ 3 milhões. Ele já é réu na Lava Jato e responde em liberdade pelo crime de corrupção passiva e a justiça divulgou trechos do depoimento de outro delator, Fernando de Moura.

Fernando de Moura é apontado como o braço direito do ex-ministro José Dirceu. Os investigadores afirmam que era dele a responsabilidade de negociar o pagamento de propina com diretores da Petrobras.

Na delação, Moura afirmou que em 2004 foi ao escritório do consultor Júlio Camargo buscar uma sacola com R$ 350 mil doados por uma empreiteira ao PT e que o dinheiro seria usado na campanha de 2004.

Em outro trecho, Moura disse que chegou a voar com Silvio Pereira, ex- secretário geral do PT, para levar dinheiro para as campanhas municipais. De acordo com Moura, era Sílvio quem administrava as indicações para cargos públicos no início do governo do PT. Moura contou ainda que recebeu um “cala boca” de R$ 100 mil por mês para morar nos Estados Unidos.