Erro de notificação adia depoimento da viúva de Janene à CPI

Ela recebeu notificação para depor em 7 de agosto e não em 7 de julho

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Ela recebeu notificação para depor em 7 de agosto e não em 7 de julho

Por um erro no documento de notificação, a CPI da Petrobras adiou para o próximo dia 14 o depoimento previsto para esta terça-feira (7) de Stael Fernanda Janene, viúva do ex-deputado José Janene (PP-PR).

Conforme informou o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), a notificação feita à viúva informava equivocadamente que a audiência seria realizada em 7 de agosto e não em 7 de julho.

Por esse motivo, Stael Janene não compareceu e informou que se encontrava em Curitiba (PR). A secretaria da CPI remarcou o depoimento para a próxima terça (14).

Apontado pela Operação Lava Jato como um dos operadores de esquema de corrupção na Petrobras, José Janene foi réu no processo do mensalão do PT. Ele morreu em 2010, aos 55 anos, antes de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A expectativa da comissão é que a viúva do ex-parlamentar do PP não responda a perguntas no depoimento da próxima semana. Ela obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus que garante o direito de ficar calada na audiência.

Apesar da decisão judicial do STF, o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), autor do requerimento de convocação, espera que Stael explique a movimentação de contas bancárias no exterior após a morte do marido.

“Pelas denúncias que recebi, ela mantinha contas conjuntas no exterior com o marido e teria mexido em uma delas após a morte dele”, disse Côrtes.

Segundo ele, cerca de 85 milhões de euros (aproximadamente R$ 294 milhões) foram sacados de uma conta localizada em Luxemburgo por intermédio do doleiro Alberto Youssef, investigado na Operação Lava Jato.

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) também pretende insistir para que, apesar do habeas corpus, Stael Janene fale à comissão e explique a sua relação nos negócios do marido. “Hoje, ele é apontado como um dos maiores beneficiados do esquema”, justificou.

Para o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), o depoimento da viúva de Janene também servirá para a CPI esclarecer dúvidas acerca da morte do ex-deputado do PP.

Em maio, a comissão chegou a analisar a possibilidade de pedir a exumação do corpo de dele, diante de informações de que ele estaria vivo, na América Central. Na época, Stael Janene negou a possibilidade e a classificou como “absurdo”.

Após ter sido procurado por parentes do ex-parlamentar, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PE), decidiu que, antes de fazer a solicitação de exumação do corpo, daria aos familiares do ex-líder do PP a oportunidade de apresentar documentos que comprovassem a morte.

“Vamos checar para não ficar essa dúvida. Não sei se vai ter algo [a acrescentar às investigações], a não ser que ela traga alguma novidade. Havia uma suspeita no início de que José Janene poderia estar vivo. Mas isso foi desmentido pela filha. Vamos ver o que a viúva diz”, afirmou Izalci.

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