Deputado ironiza, e preso da Lava Jato dá risada na CPI da Petrobras

‘Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de prisão’, disse deputado do RJ

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‘Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de prisão’, disse deputado do RJ

Diante do silêncio de investigado João Antônio Bernardi, na CPI da Petrobras, que está em Curitiba nesta segunda-feira (31), o deputado Altineu Cortes (PR-RJ) ironizou ao dizer que “ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de prisão”. A declaração arrancou um risada de Bernardi, que era funcionário de uma empresa italiana com contrato com a estatal.

Bernardi foi preso durante a 14ª fase da Operação Lava Jato e já é réu perante à Justiça Federal, respondendo por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), Bernardi foi assaltado próximo à sede da petrolífera, no Rio de Janeiro, quando levava R$ 100 mil, em espécie, para Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal que também foi preso pela Lava Jato.

Para a força-tarefa, que investiga os crimes descobertos pela Lava Jato, o dinheiro era propina.

Mesmo com o investigado se negando a responder, os parlamentares fazem as perguntas. A deputada Eliziane Gama (PPS) insistiu em saber detalhes sobre o assalto. Ela queria saber se o investigado achou estranho o assalto ou avaliou como algo corriqueiro. Bernardi apenas riu, e Gama questionou o motivo da risada. Como resposta, Bernardi reafimou que ´ficaria em silêncio.

 

CPI em Curitiba

A comitiva de deputados deve ficar na cidade até quinta-feira (3) para, além de ouvir os presos, fazer acareações entre eles. As sessões serão realizadas às 9h, no prédio da Justiça Federal.

Esta é segunda vez que os parlamentares vão à capital do Paraná para ouvir investigados que estão detidos na cidade. A primeira vez foi em maio.

 

João Bernardi e a Lava Jato

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal, em ato continuo e voluntário, Renato Duque aceitou receber propina para assegurar a contratação da empresa Saipem pela Petrobras para obra de instalação do gasoduto submarino. João Antônio Bernardi era funcionário da Saipem.

Além do pagamento de propina, O MPF afirmou que Bernardi pagava vantagem indevida por meio de obras de artes. O procuradores afirmam que cinco, das diversas obras apreendidas na casa de Duque, tiveram nota fiscal emitida em nome de Bernardi.

Os pagamentos também ocorriam por meio de depósitos no exterior com a utilização da off-shore Hayley do Brasil.

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