Crise foi feita por Dilma, mas é problema de todos, diz Cristovam
Para ele, os problemas são sérios, e o momento deve servir para reorientar o futuro
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Para ele, os problemas são sérios, e o momento deve servir para reorientar o futuro
Em discurso nesta sexta-feira (13), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez uma análise sobre a crise enfrentada pelos brasileiros e o ajuste fiscal proposto pelo Executivo. Para ele, os problemas são sérios, e o momento deve servir para reorientar o futuro e tirar o Brasil do “transe”. Mas, para alcançar esse objetivo, governo, oposição e sociedade devem se unir.
— A culpa do momento financeiro que vivemos é do governo, da presidente Dilma. Ela adotou uma política fiscal que não foi responsável. A culpa é dos últimos quatro anos, mas o problema é de todos nós. O problema é do Brasil, e temos que ter essa perspectiva — afirmou.
Apesar de defender o ajuste, única maneira de recuperar a credibilidade da economia, o senador reclamou da maneira como foi feito até agora, de forma linear, cortando recursos de áreas essenciais como educação, saúde, proteção social, mas sem retirar privilégios das classes abastadas. Cristovam defendeu a adoção de um ajuste feito após conversa e negociação, pensando estrategicamente para não trazer ineficiências no futuro, tendo assim, legitimidade frente à sociedade, que o apoiará.
O senador disse ainda que a presidente Dilma precisa fazer um reconhecimento dos erros cometidos no primeiro mandato, assumir que a crise não é uma marolinha e que mudanças sérias precisam ser feitas.
— Ela precisa chamar a oposição para conversar, e se eles não forem, que aceitem o ônus de não ter ido, porque o problema não é mais da Dilma, do PT. Eles criaram isso, mas o problema é de todo o Brasil. E nessa construção, pelo diálogo, decidir em quanto tempo vamos equilibrar tudo. O choque vai trazer problemas sérios, mas não fazer o ajuste vai manter o país em transe — afirmou.
A quebra fiscal atual é tanta, completou, que o governo fez um corte de R$ 7 bilhões na educação. No orçamento doméstico, as famílias só retiram dinheiro da educação quando não há mais de onde cortar, comparou.
— Estamos numa situação de não fazer os gastos necessários para manter o país funcionando, para retomar o crescimento. Estamos sendo obrigados a fazer o que faz qualquer cidadão quando está em situação pré-falimentar, ir à busca do usureiro, daquele que empresta a um juro alto. É o que se está fazendo. A diferença é que no país, aumentamos os juros — avaliou.
Na opinião de Cristovam, o Brasil está numa situação que beira ao colapso, praticamente quebrado, e os políticos não estão à altura para liderar uma mudança — e ele incluiu a si próprio nas críticas.
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