Contra cortes no Fies, estudantes acampam na porta de ministério

Grupo está em frente à Fazenda desde a madrugada e não barra entrada

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Grupo está em frente à Fazenda desde a madrugada e não barra entrada

Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) estão acampados em frente ao Ministério da Fazenda desde a madrugada desta quarta-feira (10) em protesto contra cortes do orçamento para educação e redução de vagas no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O grupo pendurou faixas do lado de fora do prédio e ocupou uma das portarias.

O protesto reúne cerca de cem estudantes de várias partes do país, segundo a UNE. A Polícia Militar estima que 40 pessoas participem do ato. Até as 7h30, a entrada de funcionários não estava sendo barrada pelos manifestantes.

A presidente da UNE, Carina Vitral, afirmou que o grupo quer uma agenda com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para apresentar a pauta de reivindicações.

“A gente quer demarcar a nossa posição contrária aos cortes de verba para a educação. Uma crítica que a gente faz é o ajuste fiscal, porque na nossa opinião deve-se haver a retomada do investimento. O corte vem na contramão de a gente conseguir retomar o cresicmento do Brasil”, disse. “A pauta principal é reverter esses cortes que tiveram, mas vamos tentar marcar uma agenda com o ministro e ver se ele nos recebe.”

Carina falou que os estudantes também pretendem se reunir com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, para tratar sobre as mudanças anunciadas anteriormente no Fies. O grupo, segundo ela, não é contra a redução do teto de renda familiar máxima permitida.

“Hoje algumas universidades estão passando por problemas. Temos muitos estudantes que tiveram problemas depois das mudanças no Fies. Universidades estão sendo fechadas porque não tem dinheiro para pagar terceirizados”, afirma a garota.

Mais mudanças
Nesta terça, Renato Janine Ribeiro afirmou que vai reduzir o teto de renda familiar máxima permitida em novos contratos do fundo. O teto da renda familiar atual é de 20 salários mínimos. Mas, segundo o ministro, 92% dos contratos de financiamento foram assinados com estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos.

Janine Ribeiro afirmou que é “exagero” uma família com R$ 14 mil de renda financiar curso superior com juros subsidiados pelo Tesouro. Apesar disso, ele reconheceu que uma família com esse perfil “não é uma família rica, muito longe disso”.

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