Collor é o primeiro senador a chegar à sabatina de Janot na CCJ do Senado

Senador do PTB é um dos políticos denunciados pela PGR na Lava Jato

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Senador do PTB é um dos políticos denunciados pela PGR na Lava Jato

Um dos políticos denunciados pela Procuradoria Geral da República na Operação Lava Jato, o senador Fernando Collor (PTB-AL) foi o primeiro parlamentar a chegar ao plenário da Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta quarta-feira (26) para a sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Suplente do colegiado, o ex-presidente da República chegou ao plenário da comissão por volta das 9h40 e sentou na primeira fileira de assentos do recinto. Exatamente 20 minutos depois a sessão teve início.

Janot foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para mais um mandato de dois anos à frente da Procuradoria Geral da República. Para ser mantido no cargo, precisa ter o nome aprovado pelo Senado.

Dez dos 13 senadores investigados na Lava Jato compõem a comissão responsável por sabatinar Janot. Uma dificuldade que o procurador-geral poderá enfrentar é o desgaste gerado pelas investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Todos os 81 senadores podem comparecer à comissão, se desejarem, para fazer perguntas ao procurador-geral. Porém, somente os membros titulares terão direito a votar o parecer que a CCJ encaminhará ao plenário do Senado, recomendando ou não a aprovação do nome de Janot. Na ausência de um titular, um suplente do mesmo bloco adquire o direito de votar.

Denunciado por Janot por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor passou a fazer parte da CCJ uma semana antes da sabatina do procurador-geral. Na última terça (18), o senador de Alagoas passou a integrar o colegiado como suplente, no lugar do senador Douglas Cintra (PTB-PE).

No dia seguinte, logo após o relatório da indicação de Janot ter sido apresentado na CCJ, Collor disse que apresentaria um “voto em separado”. Ele acusou Janot de ter omitido informações necessárias para a avaliação da comissão, argumentando que “há uma infindável lista de condutas ilícitas e abusivas praticadas pela PGR”.

Ao se tornar suplente da CCJ, Collor adquire chance de votar o parecer da comissão em relação à indicação de Janot, que será encaminhado ao plenário da Casa. Nesta segunda, Collor subiu à tribuna do Senado pela primeira vez após ser denunciado e chamou Janot de “figura tosca” e “fascista”.

Isso só ocorrerá, porém, se um dos três membros titulares do bloco do qual ele faz parte estiver ausente. São eles: Eduardo Amorim (PSC), Marcelo Crivella (PRB) e Magno Malta (PR).

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já declarou que fará um “esforço” para que os senadores votem em plenário a indicação de Janot no mesmo dia da sabatina.

No plenário do Senado, Janot precisa receber o voto favorável de pelo menos 41 senadores para ser reconduzido ao cargo.

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