Aprovação do governo Dilma cai para 9%, diz Ibope

Em março, aprovação era de 12%

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Em março, aprovação era de 12%

Em meio à crise política e econômica e um processo de impeachment, apenas 9% da população considera o governo de Dilma Rousseff bom ou ótimo, segundo pesquisa do Ibope com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta terça-feira. Em março, essa parcela da população somava 12%.

A aprovação da maneira de governar da presidente Dilma Rousseff caiu de 19% em março para 14% em dezembro. Para 20%, o governo da presidente é avaliado como regular (em setembro, era 21%). O atual governo também foi considerado ruim ou péssimo para 70% da população, um ponto percentual acima dos 69% registrados em setembro. Segundo a CNI, é um novo recorde negativo da popularidade da presidente. O levantamento mostra que 81% da população avaliram que o segundo governo Dilma está sendo pior do que o primeiro.

Sobre as perspectivas com relação ao restante do governo Dilma, apenas 9% acreditam que será ótimo ou bom e 65% pensam que será ruim ou péssimo. O estudo foi realizado entre 4 e 7 de dezembro, com 2.002 pessoas em 143 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

O levantamento também avaliou as ações do governo em nove áreas. As áreas com as melhores avaliações são combate à fome e à pobreza com 27% de aprovação e educação, com 22%. As ações do governo com as piores avaliações são: impostos em que 91% desaprovam e taxa de juros, com 91% de desaprovação. Além dessas, as outras políticas analisadas foram combate ao desemprego, meio ambiente, saúde, combate à inflação e segurança pública.

Impeachment não afetou popularidade de Dilma

O acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff não teve efeitos sobre sua popularidade, segundo Renato da Fonseca, gerente de pesquisa da CNI. “Percebemos estabilidade nas pesquisas de junho, setembro e dezembro. A popularidade está baixa, mas estável”, disse.

Embora o impeachment não tenha afetado a popularidade da presidente, boa parte da população tomou conhecimento das notícias sobre o tema. Mais da metade dos pesquisados (51%) citou uma ou mais notícias relacionadas ao impeachment. “É caso raro alguma notícia que tenha esse conhecimento tão grande e em um curto espaço de tempo”, observa Fonseca.

O presidente da Câmara Eduardo Cunha acolheu o pedido de impeachment de Dilma Rousseff no dia 2 de dezembro e a pesquisa foi realizada entre entre 4 e 7 de dezembro, com 2.002 pessoas em 143 municípios.

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