Terrenos localizados nas ruas do Marco e do Bolívar, na região do Vilas Boas, em , têm sido motivo de reclamação por parte dos moradores, pois têm sido usados como esconderijo para criminosos, que depositam ali produtos roubados. Além disso, devido à falta de limpeza, também se tornaram foco de proliferação de animais e insetos transmissores de doenças.

O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) instaurou procedimento preparatório para apurar eventual falha do poder público municipal na dos lotes. A promotora Luz Margina Borges Maciel Pinheiro, da 26ª Promotoria Justiça de Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural, Habitação e Urbanismo, é a responsável pelas investigações.

Terrenos sujos

O caso veio à tona a partir de uma notícia de fato apresentada por uma moradora da região. Administradora de empresas, ela disse que o município não estava sendo efetivo em fiscalizar para assegurar que os proprietários fizessem a devida manutenção dos terrenos. Nos últimos anos, o local passou a ser criadouro de ratos e ratazanas, escorpiões, mosquitos caramujos e moscas. Há relatos, no entanto, que o problema tem sido o mesmo há mais de 20 anos.

A situação fica ainda pior porque bandidos têm cometido crimes nas imediações e se escondido ali, bem como escondido objetos roubados no local. “A omissão por parte do município de Campo Grande em fiscalizar, notificar, multar ou sequer limpar e depois mandar a conta ao proprietário do terreno vem me causando diversos transtornos”, disse a moradora.

Diante dos fatos apresentados, foi aberta a investigação. “Apurar as providências adotadas pelo Município de Campo Grande, com base no poder de polícia administrativa, em face do proprietário dos imóveis localizados […] nesta capital, relativas à adoção das providências necessárias para mantê-los em condições higiênico sanitárias satisfatórias”, lê-se nos autos do MPMS.