“O Estado precisa dar uma resposta”. A alegação é do deputado federal Loester Trutis (PL), sobre o pedido de dos policiais militares que foram denunciados após abordagem contra traficantes na região do Aeroporto, em Campo Grande. 

Por meio de vídeo compartilhado nas redes sociais, o parlamentar disse ter recebido a notícia com “surpresa e indignação” e espera que os agentes sejam amparados pelo poder público. “Precisamos decidir de qual lado nós estamos. A sociedade de Mato Grosso do Sul precisa decidir se está do lado da criminalidade ou do cidadão de bem”, afirmou.

Ele se colocou à disposição dos servidores e declarou ainda que o governador Reinaldo Azambuja, o secretário Antônio Carlos Videira, da (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), e o coronel Marcos Paulo, comandante-geral da Polícia Militar, precisam dar uma resposta para frear a criminalidade, que desfruta momentaneamente de uma falsa sensação de poder.

“[…] os senhores precisam dar um recado à criminalidade. Ou o Estado, na forma das suas autoridades abraçam estes policiais e dão recado às organizações criminosas de que a polícia será protegida, ou nós fechamos as instituições e entregamos as chaves para a criminalidade”, declarou.

Policiais abordaram traficantes

Conforme noticiado ontem pelo Midiamax, o MPMS (Ministério Público de MS) pediu a prisão de quatro agentes do após uma ação contra traficantes no dia 21 de junho do ano passado. Os indivíduos alvos da ação, que já tinham passagens pela polícia, alegaram que os militares agiram de forma truculenta, inclusive na presença de uma criança.

Os agentes, por sua vez, disseram que houve resistência no ato da abordagem, motivo pelo qual foi necessário o uso de força. Independentemente disso, os suspeitos denunciaram a equipe, que se tornou alvo de procedimento investigatório. Neste sentido, o MPMS representou pela prisão preventiva dos policiais por tortura, injúria, violação de domicílio e lesão.

No entanto, o juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, entendeu que não havia elementos para a prisão, mas aplicou medidas cautelares para que os quatro policiais envolvidos fossem impedidos de realizar rondas na região do Jardim Aeroporto, onde os fatos ocorreram e local de moradia dos traficantes abordados.

A decisão foi obedecida, mas as informações extraoficiais são de que o Choque deixou de policiar a região para evitar represálias do MPMS, uma vez que as viaturas são caracterizadas da mesma forma, assim como todos os policiais têm o mesmo fardamento, motivo pelo qual poderia haver fácil confusão e um novo imbróglio judicial.