Após a deflagração, nessa quinta-feira (3), das operações simultâneas Sucessão e Fluxo Capital, a Polícia Federal pediu que um dos operadores financeiros de Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”, considerado um dos maiores traficantes de drogas do Brasil, fosse incluído na lista da Interpol. Doze pessoas foram presas durante a operação.

Clóvis Miller Júnior é apontado como chefe no Brasil da estrutura usada por ‘Cabeça Branca', para lavagem de dinheiro. Segundo relatório, Miller seria responsável por um grupo de empresas de fachada usadas para a lavagem de dinheiro. A operação deflagrada nessa quinta (3), também teve ações em Pedro Juan Caballero, onde sete pessoas eram alvos por envolvimento com a

A PF ainda teria descoberto que, após a prisão de ‘Cabeça Branca', Miller estava com receio de estar na mira da polícia, por isso, teria se escondido nos ou Suécia, segundo o Portal UOL. As investigações ainda apontam que, após deixar o Brasil, o operador financeiro de Luiz Carlos continuou no esquema de lavagem de dinheiro. 

A Polícia Federal ainda mapeou por meio das quebras de sigilo a rede de empresas utilizadas pelo grupo, os ‘laranjas' usados nos esquemas, assim como o registro das firmas e a atuação de integrantes do grupo no transporte de valores provenientes do narcotráfico.

Prisões Sucessão x Fluxo Capital

Foram 12 alvos presos durante a deflagração das operações simultâneas, que cumpriram o total de 43 mandados de busca, apreensão e prisão. As prisões ocorreram em Curitiba, Paranaguá e Florianópolis. As operações Sucessão e Fluxo Capital, em Campo Grande, cumpriram dois mandados de busca e apreensão, e em um mandado, onde foram apreendidos dólares e obras de arte. Em uma parede de uma casa, os agentes encontraram um esconderijo, onde eram guardados os dólares.

Os agentes também cumpriram mandados em uma casa de câmbio ligada a ‘Cabeça Branca', em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã. Segundo informações da Senad, as investigações revelam um esquema de pessoas físicas e jurídicas que recebiam grandes somas de dinheiro oriundo do tráfico de drogas e de outras práticas criminosas que eram feitas por meio de transações virtuais em diversos países.

Ainda de acordo com estimativas da Senad, essas remessas, que foram aplicadas em diversas movimentações de fachada, podem totalizar mais de US$ 2 milhões. O esquema de transferência de dinheiro ilícito envolveu operadores em diversas localidades, tanto do Brasil quanto do Paraguai.