O político mineiro José de Castro Ferreira, na velha e boa escola, quando candidato a prefeito de Juiz de Fora foi a um debate com seus principais oponentes, na TV Bandeirantes. Eram eles: Alberto Bejani, que se elegeu, e Murilo Hingel, que veio a ser ministro da de Itamar. Diante das fortes acusações trocadas entre os dois, José de Castro mostrou suas credenciais de discípulo e amigo de José Aparecido de Oliveira. Na sua vez de falar, disse: “inicialmente queria cumprimentar os dois oponentes pelas acusações trocadas, uma vez que ambos têm razão”. Esta história, que entrou para o folclore da política mineira, torna-se bem atual na hipótese de um entre Lula e Bolsonaro.

Parece claro que a sociedade brasileira acha que ambos têm razão quando um se refere ao outro. Por isso a percepção de que a chamada terceira via tem todas as condições de vencer, caso consiga ir ao segundo turno. O problema é chegar a um nome, e sensibilizar para a importância de sua adesão à candidatura de centro, pois ele, mais do que os demais, tem sido crítico dos dois. Pode não ser o aglutinador, até pelo temperamento que assusta, mas chega a ser brilhante em suas colocações, com verve e fundamentos. Tem faltado a Ciro Gomes o tempero mineiro, que o teria feito uma opção de centro, e ele equivocadamente se coloca como esquerda e fala mal da “ditadura”, embora tenha iniciado a sua vida pública como deputado estadual no PDS que sucedeu a Arena, partidos chefiados em Sobral por seu pai.

A situação do ex-presidente Lula tem se desgastado com esse espetáculo insólito de ter como vice um crítico tão severo como Geraldo Alckmin, com vídeos inquestionáveis na definição do ex-presidente.E pela insistência em exaltar MST e CUT , de um passado de fracassos em invasões e greves . O Brasil pede paz e trabalho neste momento.

     O Presidente Bolsonaro não abre mão de brigar com a sombra, no seu estilo inadequado ao cargo, anulando os méritos de seu governo que são inquestionáveis sob

Vários aspectos.

Ao se chegar a um nome, em cuja lista deveria ser acrescido o da ministra Tereza Cristina, a possibilidade da terceira via é uma realidade a ser considerada. Os analistas de pesquisas identificam que a metade dos que preferem Lula ou Bolsonaro o faz por votar contra o outro. Talvez por não ter ainda alternativa aos dois para votar.