Das três coisas na vida que não voltam atrás: a flecha lançada, a oportunidade perdida e a palavra pronunciada, esta última é a que mais fere e mata. Provoca danos não apenas nas amizades e nos relacionamentos amorosos, familiares e profissionais, mas em comunidades inteiras e até em uma nação.

A palavra mal dita, proferida no de uma discussão ou não, pode sim provocar as mais terríveis consequências. Acaba com relacionamentos em todos os segmentos da relação humana.

Nesses tempos de , quando as famílias ficaram mais reunidas em seus lares, elas, lamentavelmente, revelaram sua impaciência entre seus próprios membros. Não foi à toa que os números de divórcios e separações aumentaram, assim como subiram também os casos de violência nesse local, o lar, que deveria ser o mais sagrado ao homem. Quantas palavras ásperas, violentas e desmedidas não foram proferidas ali? Lamentável!

A briga entre pais e filhos, que trocaram palavras duras, impensadas, também provocaram a separação de seus membros.

Na política então, especialmente agora em que o país vive um processo de escolha de novos governantes para o executivo e legislativo nos Estados e na União, as discussões tornaram-se ainda mais acirradas, calorosas e até violentas, com ofensas pessoais e até brigas por conta de palavras ásperas, venenosas, proferidas não só no cara a cara, mas principalmente nas redes sociais que já fazem parte do cotidiano de praticamente todo indivíduo.

A tecnologia, que permitiu ao homem obter informações em tempo real de qualquer lugar do planeta, torna essa “guerra” muito mais constante e “sangrenta” do ponto de vista de ofensas a adversários de idéias e pensamentos.

O homem precisa ponderar e medir, sempre, suas palavras escritas ou pronunciadas verbalmente. Deve tomar todo o cuidado na defesa de sua opinião para não ferir ou denegrir gratuitamente a moral do próximo.

É comum muitos indivíduos se arrependerem do que disseram, instantes depois de usarem termos impróprios e ofensivos. Daí a necessidade de seguir o conselho de Deus, que manda a todos “orar e vigiar”. Isso implica dizer que devemos sim estar sempre de nossos próprios procedimentos e não permitir, jamais, a tomada de uma medida ou uso de conceitos impróprios para as questões tratadas.

Deus, na sua infinita sabedoria, recheou as Escrituras Sagradas de ensinamentos ao homem sobre o uso correto das palavras que saem de sua boca. Seguem algumas delas, que servem de reflexão e orientação a todos nós:

“Há alguns que falam palavras como estocadas de espada, mas a língua dos sábios é saúde” (Pv. 12:18)

“O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se arruína” (Pv. 13:3)

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl. 4:6)

“O Senhor deu-me uma língua erudita, para que saiba falar a seu tempo uma boa palavra ao cansado; desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem” (Is. 50:4)

Ao nos aproximarmos mais do Senhor, todos os dias em oração, na leitura das Escrituras e na obediência aos seus ensinamentos e mandamentos, nos tornamos cada vez melhores e, consequentemente, mais tolerantes e superiores a quaisquer ofensas que por ventura nos façam. Nos tornamos mansos e sábios, capazes de promover, por intermédio das palavras, bênçãos e nunca maldição.

*Jornalista e Professor

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